segunda-feira, 19 de junho de 2017

Juiz Sergio Moro subiu no telhado

por Emanuel Cancella

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Depois da absolvição da Claudia Cruz, mulher do Eduardo Cunha, e de Adriana Ancelmo, mulher do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Moro perdeu o que restava do verniz de paladino da moral e da justiça.

Esse mesmo Moro que, nem depois de morta, absolveu a mulher de Lula, dona Marisa Letícia, e que sequestrou a casa da mãe de Jose Dirceu de 94 anos,  dona Olga Guedes da Silva (2).   

E Moro não investigou e nem prendeu nenhum tucano, nem mesmo Aécio Neves, sete vezes delatado na operação Lava Jato. Foi preciso um outro juiz gravar o depoimento do dono da JBS e, com permissão do STF, vazar para a sociedade a conversa de Aécio, na qual pedia dois milhões em propina, para que ele fosse desmascarado, principalmente com a singela frase: “A gente mata antes de ele fazer delação” (1) .
Se dependesse de Moro e da Lava Jato, Aécio ainda estaria dando conselhos à sociedade, através da grande mídia, de como combater a corrupção.

Da mesma forma que, se depender também de Moro e da lava Jato, a Petrobrás vai ser totalmente entregue aos gringos pelo tucano Pedro Parente, presidente da empresa nomeado por Temer.

Moro e a Lava Jato sabem que Parente é réu na venda de ativos desde quando foi ministro do apagão de FHC e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás (8). Sabem também que, agora, Parente volta à Petrobrás vendendo áreas estratégicas da Companhia como o pré-sal e petroquímica, para quem quer e pelo preço que ele mesmo determina (9,10). Só aí já comete vários crimes, pois são ativos valorizadíssimos, com venda totalmente proibida sem licitação, e a Lava Jato finge que não vê essa aberração.

Para que ninguém tenha dúvida da cumplicidade de Moro e da Lava Jato com os tucanos, o governo de FHC na Petrobrás foi inúmeras vezes delatado, muitas delas envolvendo seu próprio filho (4,5) e Moro diz, nos EUA, que não investiga os tucanos porque as denúncias contra eles não chegam à operação (3).

Nem uma denúncia, em novembro de 2016, acusando de omissão a Lava Jato na gestão de Pedro Parente na Petrobrás sensibilizou a força-tarefa, muito pelo contrario, o MPF, a pedido de Moro, em dezembro do mesmo ano, ainda intimou o petroleiro acusando-o de possível crime contra a honra do servidor público (6,7), no caso a honra do Moro.

Na verdade, a maior parte da sociedade já não acredita na justiça da Lava Jato, resultado de sua postura parcial, detonando o PT e protegendo os tucanos, os verdadeiros comandantes da roubalheira.

Será que nessas inúmeras delações na Lava Jato, envolvendo o governo de FHC na Petrobrás e as sete delações do tucano Aécio Neves, não dariam para ter pelo menos um vazamentozinho para a Globo?  Será que vazamento de delação na Lava Jato é só do PT?

Quando digo que Moro subiu no telhado não é porque eu acho, já que os fatos mostram mudança de cenário politico: a libertação de José Dirceu; as gravações de Aécio para o dono da JBS; e agora a declaração de FHC, contrariando o próprio partido, o PSDB, quando pede um ato de grandeza de Temer, antecipando as eleições presidenciais. 
Vamos ficar atentos ao telhado!  


Rio de Janeiro, 19 de junho de 2017.

 Autor: Emanuel Cancella, OAB/RJ 75.300, ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da FUP e fundador e coordenador da FNP , ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese,  sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro”

OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    (Esse relato  pode ser reproduzido livremente)

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